sábado, 23 de janeiro de 2010

TROPA DE ELITE




Os janízaros (do turco Yeni Tcheri, ou "Nova Força") constituíram a elite do exército dos Sultões otomanos. A força foi criada pelo sultão Murad I (embora algumas versões apontem o pai de Murad, Orkhan, como seu criador).

Os janízaros eram adeptos de uma ordem dervixe chamada bektashi, em alusão ao seu criador, Hajji Bektash.

Na medida em que cresciam em número, os janízaros eram separados em divisões distintas entre si por um símbolo trivial, como uma flor ou um peixe. Quando em acampamento, cada divisão reunia-se em torno de um caldeirão de cobre onde seu alimento era preparado, e curiosamente adotaram uma forte simbologia com base na comida. Chamavam seus coronéis de "fazedor de sopa chefe", oficiais-intendentes eram "cozinheiros chefes", e assim por diante. Os caldeirões eram levados para as batalhas, e se eles fossem perdidos, toda a unidade era dispensada e impedida de integrar a mesma companhia.

Os janízaros permaneceram por muito tempo como a elite do exército turco, entrando em batalha em momentos decisivos ou apenas como último recurso para garantir a segurança do sultão. Ao longo do século XIX perderam sua força, em parte porque o recrutamento de jovens cristãos tornava-se cada vez mais difícil frente à oposição de potências igualmente fortes militarmente, como Reino Unido e França, e também devido à progressiva retração territorial do Império Otomano na Europa. Desde então, até o final do império, em 1922, os poucos janízaros permaneceram como a simbólica guarda pessoal do sultão.

Certamente que os janízaros eram a elite dos soldados do Império Otomano. Eram inimigos temíveis, e isso, provavelmente, se devia ao fato de terem sido os primeiros a adotar as armas de fogo, antes mesmo da difusão destas. Além disso, os janízaros eram muito bem equipados com armaduras, e também eram bastante hábeis no manejo do arco composto. Entre eles,o maior costume era raspar a cabeça, deixando um rabo de cavalo e um tufo de cabelo no topo. Usavam caftans e zarcolas (um chapéu de feltro um tanto alto).

sábado, 9 de janeiro de 2010

PENCAK SILAT - Silat Indonésio

Originário da Indonésia, mais conhecido internacionalmente como Pencak Silat (pronuncia-se pen-chuck see-lut) ou Pen Cack Silat ou Pen Chack Silat ou Pentjak Silat (ortografia holandêsa).

Por haver uma grande diversidade cultural na Indonésia, o Silat Indonésio possuia variações em cada região onde era praticado. Essas variações transformaram-se nas diferentes escolas e estilos de Silat Indonésio. Por se tratar de lugar onde existia diversos grupos étnicos, muitas vezes com idiomas ou dialetos próprios, cada comunidade Indonésia utilizava um termo para referir-se à essa arte marcial vulgarmente chamada de Silat. Por exemplo, na Batavia (hoje Jacarta), o povo Betawi referia-se à arte marcial Silat como Maen Pukulan, no oeste de Java o povo Sundanês chamava essa arte de Maempo ou Maenpo (abreviação de "Maen poho"), em toda a ilha de Java, o povo Javanês chamava-a de Pencak e no oeste de Sumatra, o povo Minangkabau conhecia-a como Silat ou Silek. Há também relatos de outras palavras utilizadas em menor escala na Indonésia para referir-se ao Silat Indonésio, tais como Parmoca, Silat Sile, Penak, Mamenca e etc.
Na Indonésia, em 1946, a palavra Pencak Silat foi escolhida como um termo unificador de todos os termos usados para referir-se ao Silat Indonésio. Essa decisão foi estabelecida com a criação da "Associação de Pencak Silat da Indonésia", a "IPSSI - Ikatan Pencak Silat Seluruh Indonesia". A palavra Seluruh, no contexto da frase, dava à Indonésia um sentido de exclusividade sobre o Pencak Silat, e isso não era bom, pois havia um crescente interesse no Silat Indonésio por parte dos países vizinhos tais como Malásia, Singapura e Brunei. Para não excluir as suas contribuições e também não insultar os países vizinhos, em 1948, na cidade de Surakarta (Solo), na ilha de Java, ficou determinado que a associação passaria a se chamar "IPSI - Ikatan Pencak Silat" (Associação Indonésia de Pencak Silat), fazendo com que não parecesse para os outros países que a Indonésia estivesse reivindicando propriedade exclusiva do Pencak Silat, mas simplesmente proclamando-se como apenas um dos países nos quais Pencak Silat era praticado. Em 1950, Pencak Silat foi reconhecido oficialmente pela República da Indonésia como Esporte Nacional. No entanto esse termo unificador só entrou em vigor em 1973, quando representantes de diferentes escolas e estilos finalmente concordaram formalmente com o uso do "Pencak Silat" no discurso oficial, embora os termos utilizados inicialmente para referir-se ao Silat Indonésio ainda sejam amplamente utilizados a nível local.

A palavra "Pencak" e seus derivados dialéticos tais como "Mosyak", "Pamoncak", "Poncak", "Penca" e "Menca" são mais comumente utilizados na Indonésia, especialmente pela comunidade de Java, Madura e Bali. A palavra "Penca ou Panca" é mais utilizada no oeste de Java e "Menca, Mencak, Manca ou Mancak" em Madura e Bali. Já o termo "Silat" ou "Silek" é utilizado em Sumatra. Logo, A palavra Pencak Silat era um composto dos dois termos mais comumente utilizados para artes marciais na Indonésia. No uso moderno, Pencak e Silat são considerados como sendo dois aspectos da mesma prática. Pencak é o aspecto do desempenho da arte marcial, enquanto Silat é a essência da luta e da auto-defesa.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

VISITE SILAT TV

Fotos, Vídeos, Chats, Blogs e muita informação sobre Silat, seus variados estilos e modalidades. Visite: http://www.silat.tv/

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

ZULFIQAR: a Espada da Honra

Zulfiqar "bifurcada"" (em árabe: ذو الفقار‎ Dhū l-Fiqār) é a espada (cimitarra) do grande imam ‘Alī Ibn Abi Taleb (com ele esteja a Paz). Em árabe, normalmente, o nome é transliterado como Dhu al-Fiqar, Thulfeqar, Dhulfiqar ou Zoulfikar. Esta espada é um símbolo muito antigo e conhecido na religião islâmica, particularmente entre os shiitas, alevis e sufis.

Algumas respeitadas tradições dizem que foi o amado Profeta Muḥammad (S.A.A.S.), quem presenteou Zulfiqar para o jovem Imam na batalha de Uhud. Durante o clamor da luta, o Imam derrotou um temido adversário ao quebrar seu elmo e partir seu escudo de um golpe só. Vendo esta façanha, o Profeta de Deus (S.A.A.S.) teria dito: "não existe herói como Ali e nem espada como Zulfiqar".

O Imām Husayn ibn ‘Alī (com ele esteja a Paz) usou Zulfiqar na batalha de Karbala, onde foi martirizado. Desta maneira a espada também ficou como um símbolo de martírio e honra.

O Shaykh sufi Seyyid Taner Mustafa Ansari Tarsusi er-Rifai el-Qadiri, foi o idealizador da arte marcial do Silat Zulfiqari, que faz homenagem a esta valorosa espada. O Silat Zulfiqari, desenvolvido a partir do Pencak Silat, é baseado no ideal da Futuwwah ou Cavalaria Espiritual Islâmica: http://www.zulfakr.com/index.htm

domingo, 3 de janeiro de 2010

KALI SILAT

O termo Kali, utilizado nas Filipinas, significa espada. Com um tempo limitado para ensinar, somente as técnicas que se provaram eficazes em batalha e que podiam ser ensinadas em massa sobreviveram ao tempo. Isto permitiu que habitantes de vilas, que geralmente não eram soldados, se protegessem de outras vilas, bem como de invasores estrangeiros. A filosofia da simplicidade persiste até hoje, e é a base das Artes Marciais Filipinas. No entanto, esta simplicidade refere-se somente à sua sistemática, não à sua eficácia. Ao contrário, por trás dessas técnicas básicas, reside uma estrutura bastante complexa e refinada de técnicas, as quais se leva anos para dominar completamente.

Alguns dos mais conhecidos estilos nas Filipinas são: São Miguel Eskrima, Doce Pares, Balintawak, Modern Arnis, Kalis Illustrisimo/Bakbakan, e Black Eagle Eskrima. Nos Estados Unidos os mais populares são: Sayoc Kali, Serrada Escrima, Lameco Eskrima, Dog Brothers Martial Art, pekiti-tirsia, e SinaTirsiaWali Kali silat, hoje liderado pelo Mestre P. Greg Alland.

Praticantes dessas artes são notóriamente reconhecidos por sua habilidade em lutar com armas ou desarmados intercaladamente. A maior parte dos sistemas incluem lutas com uma grande variedade de armas, combates em pé, chaves e projeções, e quaisquer outras técnicas necessárias para complementar o treino de um guerreiro nos velhos tempos das lutas tribais. Na maioria dos sistemas, técnicas armadas e desarmadas são desenvolvidas paralelamente, por meio de um sistema de treino projectado para desenvolver seus aspectos comuns. As variações mais habituais são a do bastão simples, a de dois bastões, e a de espada/bastão e faca. Mas alguns sistemas são conhecidos por se especializarem em outras armas, como o chicote e o cajado.

SILAT !

O Silat é uma arte marcial de combate e sobrevivência que durante séculos foi evoluindo dentro da cultura social e da tradição das civilizações da Indonésia, Malásia e Brunei.

A palavra Silat é de origem indonésia, mais comumente utilizada na ilha de
Sumatra. O substantivo silat tem um formidável arsenal de termos utilizados para referir-se a artes marciais no Sudeste da Ásia. Pode-se dizer, na Malásia como seni silat (arte do silat), seni bela-diri (arte da auto-defesa) e algumas vezes ilmu silat (conhecimento de silat).

Durante a época da colonização, tanto na
Malásia e na Singapura (ex-colônias britânicas), como na Indonésia (ex-colônia Holandesa), praticantes do Silat (conhecidos como pesilat) usavam a arte marcial como uma forma de libertar-se das autoridades estrangeiras. Devido ao fato de existir em mais de um país, o Silat sofreu modificações e variações em cada um dos países em que era praticado. Portanto, o Silat possui peculiaridades que o difere de região para região. Assim, o Silat foi dividido em três principais grupos: